6.8.09

PARA SAIR (OU NÃO ENTRAR) NO VERMELHO

Pena que não dá pra tratarmos sempre se assuntos leves e fashion, precisamos também pensar no outro lado, o do dindin. E neste ano que só agora começa a melhorar, é preciso ter muito cuidado.
A revista Pequenas Empresas Grandes Negócios trouxe um artigo que aborda ações simples que podem ajudar a resolver problemas financeiros e a reestruturar empresas para o crescimento. Atitudes básicas e severas para diminuir custos e aumentar a produtividade são bem-vindas. Mas uma pitada de ousadia evita cortes exagerados (e feridas abertas). É nas crises que surgem as melhores oportunidades de valorizar o potencial dos empregados e de explorar novos mercados. "O capitalismo se reinventa em momentos como o que vivemos agora. É nesses períodos que as empresas, atingidas ou não pela crise, devem aproveitar para se reestruturar", diz o artigo. E aconselha:
1. Separe as contas pessoais
Misturar as finanças da pessoa física e da pessoa jurídica é um dos erros mais comuns de pequenas e médios empresários. Ese é também o primeiro passo para criar sérios problemas de caixa. Jamais use seu cheque especial ou cartão de crédito pessoal, que têm juros altos, para financiar as atividades do negócio.
2. Cuide dos controles gerenciais
Após detalhar todos os custos, é preciso aprender a organizar planilhas de acompanhamento gerencial: contas a pagar, contas a receber, comissões sobre vendas, controle de estoque e fluxo de caixa. Assim, as decisões passam a ser mais consistentes, embasadas nos dados. Acrescentaríamos ainda outros controles: giro de produtos, giro por fornecedor, frequência e valor de compra por cliente e uma vital, a de inadimplência. E não basta ter os controles, é preciso criar a rotina de analisá-los, ao menos uma vez por semana.
3. Pense antes de demitir
Além dos gastos trabalhistas, demissões geram despesas em um segundo momento, o de recontratar, e diminuem a confiança e a produtividade de quem fica. "Em vez de cortar o mais fácil, que está sob seu controle, procure agir em pontos de sua influência, como o aumento de vendas ou a negociação com fornecedores", aconselham. Treine, treine, treine.
4. Busque novos clientes
Se sua fatia encolheu por causa da crise, é preciso buscar novos clientes. Caso sua loja não tenha sentido os efeitos do menor ritmo econômico, antecipe-se e diversifique a clientela. Isso dará mais força para você crescer no futuro, passada a tormenta. Você já leu o post "Como você está tratando sua cliente nova?", não fique restrita àquelas que já lhe são fiéis... mesmo uma pequena compra pode representar o início de um ótimo relacionamento. Tire uma horinha por dia pra pensar pra fora, como costumamos dizer. Qual é a sua fatia na cidade? Por quê? O que você pode fazer para aumentá-la?
5. Negocie com fornecedores
Lembre-se de que a crise não atingiu somente a sua empresa. Não se intimide ao negociar prazos com seus fornecedores. Mas antecipe-se, seja transparente, comunique qualquer possível atraso, assim você estará preservando o que tem de mais valioso, que são suas parcerias.
6. Fique atenta à qualidade
Um erro comum cometido na tentativa de cortar custos é substituir matérias-primas e produtos por outros de menor qualidade. Os clientes logo percebem a diferença. Como resultado, a empresa só perde novas vendas. Pesquisar melhores preços sem abrir mão da qualidade gera resultados melhores. Pesquise e informe-se (e conte com a gente pra isso).
7. Reavalie as dívidas
Analise todas as pendências financeiras da empresa e procure alternativas para reduzir as taxas de juros. O ideal é solicitar o refinanciamento com prazos maiores e prestações menores. "Se conseguir alguma carência, melhor para o fluxo de caixa", diz o artigo. Caso você ainda não tenha recorrido às instituições financeiras e precise de um reforço, procure as linhas de crédito que operam com recursos públicos, como o Proger e o Cartão BNDES. Como alternativa, talvez seja o momento de vender bens pessoais que geram custos mensais.

Mas acreditamos que dá para melhorar, trabalhar muito e vender muito, e os resultados virão.
Sem esquecer, um olho no peixe e outro no gato, para evitar desperdícios de um lado e cortes sem efeito de outro.

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